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Taxa de desemprego fica em 13,6% no trimestre até abril

31/05/2017

A taxa de desocupação foi estimada em 13,6% no trimestre móvel encerrado em abril de 2017, ficando 1,0 ponto percentual acima da taxa do trimestre que terminou em janeiro (12,6%). Na comparação com o mesmo período de 2016 (11,2%), o quadro também foi de acréscimo (2,4 pontos percentuais).

A população desocupada (14,0 milhões de pessoas) cresceu 8,7 % em relação ao trimestre imediatamente anterior (12,9 milhões de pessoas), um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas não ocupadas na procura por trabalho. No confronto com igual trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 23,1%, um aumento de cerca de 2,6 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.

Slide 1 de 14: Wisdom Ikpea Enoguese, 36. O imigrante nigeriano viu o mercado de trabalho mudar após chegar ao Brasil, no início de 2014. “Lá, era motorista de caminhão, vim com a expectativa de melhorar de vida. Cheguei a trabalhar na construção civil, alugar uma casa, criar laços. Logo depois, tudo virou uma fábrica de ‘nãos’. Está difícil.”

Slide 2 de 14: Leonardo Rosa, 25. Para o auxiliar contábil, deixar o antigo emprego não foi tão ruim. “A entrada nas estatísticas de desemprego acabou sendo uma chance de transformar um sonho em plano A”, diz. Agora ele se dedica a ser Léo Novatti em tempo integral, cantor de sertanejo universitário que se prepara para gravar o primeiro disco.

Slide 3 de 14: Karina Royg, 29. Karina perdeu o emprego cinco meses antes de se casar. Trabalhava havia três anos numa agência de promoção de eventos e ganhava R$ 2,5 mil. “Tudo mudou com a crise, pois não é um setor prioritário. A crise nos deixou sem horizonte. Minha festa de casamento está garantida, mas a ajuda dos pais vai ser essencial".

Slide 4 de 14: Stefany Villas Boas, 29. Stefany perdeu o emprego em uma construtora. “Esse setor sentiu a queda sem amortecedor. Há um ano, eu fazia cinco entrevistas de emprego. Agora, as empresas nem chamam para seleção. Perguntam quanto eu ganhava (cerca de R$ 7 mil) e não retornam, mesmo estando disposta a ganhar menos.”

Slide 5 de 14: Deise Araújo, 20. A estudante mudou-se de Salvador para São Paulo há menos de dois meses para tentar conseguir seu primeiro emprego com carteira assinada. “Lá estava bem difícil. Sei que aqui também não vai ser fácil, mas preciso tentar, por ele”, diz, se referindo ao filho de 2 anos que ficou na Bahia.

Slide 6 de 14: Daniel Basílio, 34. Desempregado, o gestor de redes diz que emprego na sua área até tem, mas querem pagar menos da metade do que ele ganhava. Ele trabalhou por mais de dois anos em uma companhia de licenciamento de softwares. “Agora, é o seguro-desemprego que vai ajudar a pagar a prestação da casa.

Slide 7 de 14: Laura Santana, 44. A fisioterapeuta cuidou do sobrinho com deficiência e se encantou pelo trabalho. Para se manter, enquanto busca vaga como cuidadora, vende cosméticos e faz promoções para pacientes. “Quem sofre de dor aperta o bolso e mantém o tratamento, mas quem me procurava por estética sumiu.”

Slide 8 de 14: Ricardo Nicolau, 53. Ricardo Nicolau foi zagueiro da base do Palmeiras até o fim dos anos 1980, quando se lesionou e teve de virar vendedor. Ele trabalhou sem vínculo empregatício por cerca de 15 anos. “O mercado de trabalho nunca foi fácil. A crise agravou algumas distorções, mas quem queria um emprego sempre teve de se virar.”

Slide 9 de 14: Leandro Teixeira, 45. Na empresa do consultor de tecnologia, os cortes começaram por quem ganhava mais. “Ninguém está seguro nessa crise, mas os patrões têm de cortar custos e preferem trocar o funcionário mais experiente por alguém que aceite ganhar menos.” Com cinco filhos, ele diz que aceita o emprego que aparecer.

Slide 10 de 14: Jaqueline Sousa, 29. A cozinheira sente falta do refeitório da escola de ensino infantil onde trabalhou por oito meses. “Sinto muita saudade de poder cozinhar. Na minha profissão, você acaba prestando uma função que te deixa muito orgulhoso. O prazer de cozinhar para as crianças era ainda maior”, diz.

Slide 11 de 14: Cleiton Rodrigues, 22. Quando viu o movimento da loja de materiais de construção despencar no último ano, o vendedor sabia que era uma questão de tempo até ser demitido. “Era triste, quem ia construir, passou a fazer só uma reforminha. Quem ia reformar a casa, decidiu adiar para ver se a situação melhorava.”

Slide 12 de 14: Claudete de Castro, 57. A assistente de vendas acabou de ser demitida, após trabalhar sem comissão por mais de dois anos. “O cenário está complicado, as vendas caíram muito. Sou vendedora há mais de 30 anos e nunca vi uma crise assim. Sinto que ainda tenho muito a contribuir ao mercado, mas não sei se será fácil voltar a trabalhar.”

Slide 13 de 14: José dos Santos, 54. É a primeira vez que o selecionador de sucatas teve de recorrer ao seguro-desemprego depois de mais de 19 anos na mesma empresa. “Por mais que se tenha muita experiência, o patrão não pensa duas vezes na hora de cortar. Não joguei a toalha. Tenho que ajudar a criar a minha neta, não posso desistir agora.”

Slide 14 de 14: Vinícius Pontes, 30. O designer e projetista trabalhou por três anos e meio em uma empresa que fornecia arquibancadas e palcos para eventos. “A gente viu o movimento crescer na época da Copa do Mundo, mas, depois, foi só queda. Todos se planejaram para outra coisa, para uma realidade diferente dessa.”
Slide 1 de 14: Wisdom Ikpea Enoguese, 36. O imigrante nigeriano viu o mercado de trabalho mudar após chegar ao Brasil, no início de 2014. “Lá, era motorista de caminhão, vim com a expectativa de melhorar de vida. Cheguei a trabalhar na construção civil, alugar uma casa, criar laços. Logo depois, tudo virou uma fábrica de ‘nãos’. Está difícil.”

Já a população ocupada (89,2 milhões de pessoas) caiu 0,7%, quando comparada com o trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (89,9 milhões de pessoas). Em comparação com igual trimestre de 2016, quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, houve queda de 1,5%, uma redução de 1,4 milhão de pessoas.

O número de empregados com carteira assinada (33,3 milhões) reduziu 1,7% (menos 572 mil pessoas) na comparação com o trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (33,9 milhões). Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, houve queda de 3,6%, o que representou a perda de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas nessa condição.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 2.107) ficou estável frente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (R$ 2.095) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.052).

A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 183,3 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (R$ 183,5 bilhões) e frente ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 181,2 bilhões).